“Metrô Sumaré - abril 2018, São Paulo - Vencedora do Concurso de Fotografias “SwissPhoto”, Zurique, março 2021, Categoria formato pequeno /Bildunterschrift: Metro Sumaré, São Paulo April 2018 - Gewinner des "SwissPhoto" Fotowettbewerbs, Zürich, März 2021, Kategorie Kleinformat
Sandra Rodondi
Arquiteta, Fotógrafa, Ilustradora, Artista Visual
Architekt, Fotografin, Illustratorin, Bildender Künstlerin
A fotografia é meu olhar que se expande em todas as direções. / Die Fotografie ist mein Blick, der sich in alle Richtungen ausdehnt.
Edi, Zurique, dezembro 2015/ Edi, Zürich, Dezember 2015
Meu olhar /Mein Blick
Série "Da janela", Zurique, junho 2016/ Serie "Von Fenster", Zürich, Juni 2016
Canon: Can - olhar, observar profundo On - os sons, os lamentos do mundo, as necessidades do mundo / Canon: Can - Kann schauen, tief beobachten On - die Geräusche, die Klagen der Welt, die Bedürfnisse der Welt.
(A trapezista do circo)
Era uma vez,
mas eu me lembro como se fosse agora, eu queria ser trapezista. Minha paixão era o trapézio, me atirar lá do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo mas eu morria de medo…
Es war vor langer Zeit, aber ich erinnere mich daran, als ob es jetzt wäre, ich wollte Trapezkünstlerin sein. Meine Leidenschaft war das Trapez, von dem ich mich weit oben löste, in der Gewissheit, dass jemand meine Hände halten und mich nicht fallen lassen würde.
…Tinha medo de tudo quase, cinema, parque de diversão, de circo, ciganos, aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disso que eu tinha medo, do que não ficava para sempre…
Ich hatte vor fast allem Angst, vor Kino, Vergnügungspark, Zirkus, Zigeunern, diesen bezaubernden Menschen, die ankamen und weiterzogen.
Das war es, wovor ich Angst hatte, Dinge, die nicht für immer bleiben würden.
Pato no lago, Zurique, dezembro 2016/ Ente auf dem See/ Zürich, Dezember 2016
…Era outra vez outro circo, ciganos e patinadores. O circo chegou a cidade, era uma tarde de sonhos e eu corri até lá. Os artistas, eles se preparavam nos bastidores para começar o espetáculo, e eu entrei no meio deles e falei que eu queria ser trapezista…
Ein anderes Mal, ein anderer Zirkus, Zigeuner und Schlittschuhläufer. Der Zirkus kam in die Stadt, es war ein Nachmittag voller Träume, und ich rannte dorthin. Die Artisten machten sich hinter der Bühne bereit, um mit der Show zu beginnen, und ich ging mitten unter sie und sagte, ich wollte Trapezkünstlerin sein.
Lago de luzes, Kunsthaus, Zurique, agosto 2019/ See der Lichter, Kunsthaus, Zürich, August 2019
…Veio falar comigo uma moça do circo que era a domadora, era uma moça bonita, forte, era uma moçona mesmo. Ela me olhou, riu um pouco, disse que era muito difícil, mas que nada era impossível…
Ein Mädchen aus dem Zirkus, die Dompteurin war, kam, um mit mir zu sprechen. Sie war ein schönes Mädchen, stark, sie war ein Pracht von Mädchen. Sie sah mich an, lachte ein wenig und sagte, es wäre sehr schwierig, aber nichts sei unmöglich.
Por um fio, Zurique, novembro 2018/ Durch einen Faden, Zürich, November 2018
…Depois veio o palhaço Poli, veio o Topz, veio o Diverlangue que parecia um príncipe, o dono do circo, as crianças, o público. De repente apareceu uma luz lá no alto e todo mundo ficou olhando…
Dann kam Poli, der Clown, kam Topz, kam Diverlangue, der wie ein Prinz aussah, der Zirkusbesitzer, die Kinder, das Publikum. Plötzlich erschien dort oben ein Licht und alle schauten hin.
Por do sol, lado de Zurique, maio 2014/ Sonnenuntergang, Zürichsee, mai 20004
Floresta em Witikon, Zurique, agosto 2020/ Wald in Witikon, Zürich, August 2020
A arte é uma forma de expressar minha cultura, é a síntese da minha história, é a união de tudo que aprendi / Die Kunst ist der Ausdruck meiner Kultur, eine Zusammenfassung meiner Geschichte, es ist die Vereinigung von allem, was ich bis jetzt gelernt habe.
A arte existe porque a vida não basta / Kunst existiert, weil das Leben nicht genug ist
…A lona do circo tinha sumido e o que eu via era a estrela Dalva no céu aberto. Quando eu cansei de ficar olhando para o alto e fui olhar para as pessoas, só aí, eu vi que eu estava sozinha…
Das Zirkuszelt war verschwunden, und was ich sah, war der Dalva-Stern im offenen Himmel. Als ich es müde war, nach oben zu schauen, begann ich die Leute zu betrachten. Und erst jetzt erkannte ich, dass ich allein war.
Arosa, Graubünden, dezembro 2005/ Arosa, Graubünden, Dezember 2005